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20
Ago21

22. A minha experiência com o Kobo

mar

Nunca pensei escrever um post sobre o tema do qual vos vou falar. Mas também nunca pensei que fosse fazer parte do grupo onde hoje me insiro. Sem mais rodeios e demoras, vou falar-vos sobre uma aquisição que mudou a minha vida (para melhor) e à qual resisti muito, mas que hoje sou forçada a admitir que estava errada. Falo-vos, queridos leitores e leitoras, do Kobo. 

Sim, seja ele de que modelo for, porque há vários para todos os gostos, tamanhos e preços, o Kobo é um investimento seguro e que vale muito a pena. Vou contar-vos a minha experiência, desde os primórdios em que o conceito de e-reader me parecia uma verdadeira traição aos livros físicos, reais, de papel, que tanto gostamos de ter nas nossas bibliotecas pessoais. 

Quando percebi, pela primeira vez, o que era um e-reader não consegui compreender o zum-zum que tanta gente fazia acerca do mesmo. Um tablet meio manhoso, com pouca ou nenhuma tecnologia, substitui a experiência de ler um livro? Achei duvidoso e, de imediato, declinei. Se há coisa que um leitor que se preze gosta é de sentir o papel, o prazer de virar uma página e mergulhar naquele conjunto de letras, o cheiro próprio e único que só os livros têm. Por isso, nesta fase, para mim existiam os leitores - os que não sucumbiam às modernidades e eram fiéis aos livros físicos - e os outros - os traidores. 

No entanto, após meses de muita aquisição literária, comecei a ter um problema. A quantidade de livros no meu quarto (na altura, ainda morava na casa dos meus pais) aumentava, mas o espaço continuava a ser precisamente o mesmo. Conclusão: a dada altura o meu quarto já se assemelhava mais à biblioteca municipal do que com um quarto normal. Além da falta de espaço, detetei duas outras situações: 1) o orçamento que estava a gastar em livros começou a disparar e 2) alguns livros que comprava a valores não muito simpáticos não eram livros tão incríveis como eu pensava que seriam e que, se pudesse, não os colocaria na minha biblioteca. 

Ora, posto isto, comecei a pensar que talvez até fosse interessante ter uma forma de ler alguns livros primeiro, a um preço mais acessível, antes de os comprar em formato físico e os ter a ocupar espaço nas minhas estantes. Foi neste momento que começou a nascer a ideia de adquirir um e-reader. Problema: eu não percebia patavina do assunto. Solução: falar com amigos que já possuíam um, para pedir feedback, e lançar-me na internet à caça de reviews. 

Por parte de amigos, a conclusão tendia sempre no mesmo sentido: vale a pena. Uma amiga disse-me de forma perentória: foi a melhor coisinha que comprei, porque assim posso ler de tudo, mas só compro mesmo aqueles livros que adoro, que vale a pena ter em papel. 

Assim, após muita investigação, aceitei que o investimento valia a pena e que iria acontecer. No entanto, não sabia que investimento ao certo iria fazer. A primeira dúvida foi entre comprar um Kobo ou um Kindle? Na altura, procurei muita informação sobre as diferenças entre ambos e, de um modo muito geral e simplicista, conclui que o Kobo acaba por compensar mais porque lê uma maior variedade de formatos, enquanto o Kindle apenas lê formatos mobi, que são os formatos da Amazon. Embora isto não tenha de ser necessariamente um problema porque existem programas que fazem a conversão de formatos. No entanto, na altura de fazer uma escolha, pensei que seria mais sensato optar por um aparelho que lê mais variedade de formatos, sem ter de me estar a aborrecer com conversões.

De seguida, veio a dúvida acerca de que modelo Kobo escolher, porque existem vários. Tinha muitas dúvidas em relação ao tamanho, o meu grande medo era optar por um que fosse demasiado pequeno e que as letras me parecessem formigas dançarinas. Após mais uma grande pesquisa e muitos vídeos de youtube de reviews depois, optei pelo modelo Kobo Clara. Não é dos maiores, pelo contrário, e quando o comprei na Fnac até estranhei ser tão pequeno. No entanto, após quase um ano de utilização posso dizer-vos que, para mim, tem o tamanho ideal. É pequenino, prático para levar para todo o lado, e não há o problema de o texto parecer pequeno porque a) nunca parece e b) mesmo que pareça, existe a opção de o aumentar. 

O objetivo do Kobo não é que este seja um tablet, por isso, a lógica não deverá ser de "quanto maior, melhor". É certo que existirão pessoas que preferem modelos maiores do que este, mas lembrem-se que a mais valia do Kobo é a sua mobilidade, é andarmos com ele de um lado para o outro, por isso, se for pequenino, mais fácil será o seu transporte. 

Quanto à luminosidade, é outra coisa espetacular. Aquilo tem uma tecnologia qualquer que faz com que pareça mesmo que estamos a ler uma página de um livro e ao contrário das luzes dos telemóveis, tablets e computadores que tendem a excitar-nos (e, consequentemente, quebrar os ritmos de sono pela inibição da produção de melatonina), a luz do Kobo não o faz. Tem até um sistema que a partir de x hora, a luz torna-se menos intensa. Ah, e mais um plus que me esqueci de referir: com a luz do Kobo não precisam de mais luz nenhuma acesa. É mais do que suficiente para lerem bem! 

Mas aquilo que, para mim, é realmente incrível é o facto de num aparelho minúsculo conseguirmos carregar uma biblioteca inteira. Tem capacidade para armazenar tantos livros, é fantástica a sensação de que podemos ler em qualquer lado, aquilo que nos apetecer, sem andar a carregar dezenas de livros. Ah, e sem esquecer o factor económico. É muito fácil arranjar livros mais baratos, alguns mesmo até gratuitos, o que leva a uma enorme poupança no orçamento. Sobretudo em relação a livros que são de leitura agradável, mas que não são incríveis nem inesquecíveis e, como tal, não fazemos grande questão de que ocupem espaço na nossa estante de casa.  

Algo que é extraordinário e é um fenómeno que ainda não consegui compreender ao certo é que ler através do Kobo faz multiplicar a quantidade de livros lidos. Não sei se é por ser tão prático, por nos permitir ler em qualquer lugar, mas torna a leitura ainda mais viciante e facilmente se termina um e já se está a escolher o próximo livro. 

Depois tem todo um conjunto de coisinhas fofinhas que permite fazer como organizar os livros, sublinhar expressões/citações, tem dicionário, o que é ótimo sobretudo quando lemos noutras línguas e não conhecemos alguma palavra. São tudo coisinhas que tornam a experiência de ler muito mais agradável. 

No final, percebi que não há diferença entre ler livros digitais ou em papel, porque no final são sempre livros e o prazer é sempre o mesmo. Continuo a amar os livros reais, de capa, em papel e o meu maior orgulho é a minha biblioteca, mas o Kobo não substitui este amor, apenas o expandiu e agora guardo espaço na minha estante para aqueles livros que têm um lugar mesmo cativo e garantido no meu coração.

Por isso, caso façam parte, como eu também já fiz, do grupo que olha para os e-readers com dúvida e suspeição, espero que este texto vos ajude a perceber as diversas vantagens que podem obter, enquanto leitores, a mergulhar nesta modalidade. É muito fácil de utilizar, mesmo muito intuitivo.

O Kindle também poderá ser uma opção interessante e aconselho a que pesquisem, mas sem esquecer que este é vendido através da Amazon e, se não estou em erro, para o adquirirem têm de comprar através da Amazon noutros países que não Portugal. Quanto ao Kobo podem sempre comprar na Fnac e ter toda a assistência necessária. 

Sei que este post parece patrocinado, mas juro-vos que é apenas o relato da minha experiência e apenas o fiz na esperança de conseguir ajudar alguém como eu há alguns meses, que muito procurei e li para fazer a escolha acertada. Como já escrevi algumas vezes, gosto de pensar neste espaço como um lugar de partilha de pensamentos, experiências, opiniões. Por isso, espero que a minha partilha vos seja útil e permita ler muito :)

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