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just keep swimming

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21
Set21

46. gratidão

mar

Hoje é o dia mundial da gratidão. Não fazia a mais pequena ideia, fiquei a saber por um daqueles emails publicitários que recebo diariamente com ofertas e promoções. Mas é maravilhoso existir este dia que nos relembra, mais uma vez (porque nunca é demais), da importância de contar as nossas bênçãos e de nos sentirmos gratos. A gratidão não precisa de ser pelas coisas gigantes e dantescas; muito pelo contrário, podemos encontrá-la perto das coisas simples, pequenas, por vezes tão pequenas que até nos passam despercebidas e só damos pela sua falta quando desaparecem. 

Este é um dos meus sentimentos favoritos, tenho de confessar. Adoro quando sou invadida por este sentimento, porque normalmente não vem só. Faz-se acompanhar pela felicidade, alegria, plenitude. Adoro ser apanhada desprevenida por esta sensação de agradecimento, de estar a meio do meu dia ou de uma tarefa qualquer e sentir-me simplesmente grata por cá estar. Ou por ter pessoas boas na minha vida. Ou por ter um corpo que me permite desfrutar da experiência que é viver. Ou por ver o nascer do sol. Ou por ouvir os passarinhos a chilrear na janela do quarto. Ou por ler um bom livro e ser incapaz de o pousar até chegar ao final. Ou por beber uma boa chávena de chá e sentir-me acolhida. Ou por ser capaz de ultrapassar um desafio. Ou por sorrir e receber um sorriso de volta. Ou por ouvir uma boa música. Ou por acordar de manhã numa cama confortável, quente e ter o amor da minha vida ao meu lado. 
É fácil encontrar motivos que nos façam sentir agradecidos; o que é mais difícil é lembrarmo-nos de os procurar diariamente. Nunca me esqueço de uma frase, que creio ser da autoria da Oprah Winfrey: 
"Be thankful for what you have; you'll end up having more. If you concentrate on what you don't have, you will never, ever have enough".       
E faz todo o sentido. Porque, como diz a Colleen Hoover, às vezes não é sobre ver o copo meio cheio ou meio vazio, mas sim simplesmente estar-se grato por se ter um copo. 
10
Set21

40. carpe diem

mar

Encontrei uma pasta na minha google drive com todas as fotografias dos tempos da escola básica e secundário. Provavelmente deverei ter criado esta pasta como um backup e nunca mais me lembrei dela, até esta semana ter tropeçado nela e me ter deliciado a rever verdadeiros tesourinhos e reviver momentos que fazem parte dos melhores anos da minha vida. 

É tão giro ver estas fotos e comparar aquela fase da minha vida com a atual. O grupo de amigos manteve-se, apesar de algumas entradas e saídas, somos o mesmo núcleo duro. Fomos para a universidade, formamo-nos, uns regressaram à terrinha, outros aventuraram-se noutras cidades e há quem, ainda, se tenha aventurado pelo mundo. Uns já casaram, outros vão casar, uns vivem com os pais, outros já vivem com os/as namorados/as. Uns ainda estão à procura de trabalho, outros estão a construir uma carreira sólida e outros, ainda, mudaram de rumo e estão a começar tudo do zero. Mudamos de estilo, de rosto e corpo, de corte de cabelo e penteado, mas mantemos todos a nossa essência. Estamos mais crescidos, mais adultos, mas continuamos a ser uns idiotas felizes quando estamos todos juntos, sempre a gozar uns com os outros e a fazer parvoíces. 

Ao ver estas fotos é inevitável refletir como o tempo passa tão depressa e como, neste processo, vamos ganhando tanta densidade. Quando me vejo aos 17 anos, encontro tanta descontração e leveza, quem me dera voltar, nem que por meros segundos, a essa sensação de que o mundo está todo por descobrir e eu não carrego peso nenhum em cima dos ombros. Não levava nada na bagagem a não ser sonhos, fantasias e desejos.

Hoje, dez anos depois, sinto que me tornei demasiado séria, controlada e controladora. Há pouco espaço para a espontaneidade, tudo tem de ser encaixado num horário, numa agenda. Tudo tem de ser pensado e calculado, o tempo já não é inteiramente meu. Há demasiada pressa e urgência em tudo, estou sempre a correr em contra relógio, canso-me mais facilmente e aproveito muito menos.

É certo que adquirimos experiência e sabedoria. E que o tempo tem de seguir e poder seguir com ele é uma bênção, sempre, a cada dia, todos os dias. Mas não posso negar: fiquei com saudades destes tempos leves e livres, em que passávamos os dias todos juntos, sempre a rir, sempre descontraídos. Levávamos a sério o que era estritamente necessário e, tudo o resto, fluía.

Por vezes, perto de minha casa, vejo um grupo de miúdos a andar de bicicleta, a rirem-se, a mandarem piadas uns aos outros, morenos de passarem o dia todo na praia, e não consigo não sorrir. Estão a aproveitar uma das melhores fases da vida e isso é maravilhoso. E ao vê-los só consigo pensar que preciso de deixar a vida fluir mais e me deixar levar ao seu sabor, ao seu ritmo. 

Aproveitar mais as pessoas, a natureza, parar para ver o nascer e o pôr do sol, ouvir as ondas do mar, os pássaros. Comer com calma e saborear cada dentada; ouvir música com coração e alma; conversar e rir com toda a energia. 

Na minha secretária tenho um post-it, colado no computador, que diz "The purpose of life is to enjoy every moment", para me relembrar da importância de viver todos os momentos. De estar presente. De estar aqui, aberta à experiência e aproveitar, desfrutar, saborear a delícia que é a vida. 

06
Set21

38. it's monday and I'm happy

mar

Hoje sinto-me feliz. E não me apetece analisar esta felicidade, que talvez nem seja felicidade, mas antes um contentamento, uma sensação de bem-estar e plenitude.

Por vezes acontece-me ser invadida por esta sensação, da forma mais inesperada e espontânea possível. Sinto borboletas na barriga e um sorriso desponta, vindo de dentro, do cantinho mais profundo de mim. Faz-se acompanhar de uma sensação de gratidão por estar viva. Procuro abraçar este momento com toda a minha força, vive-lo ao máximo, para que seja eterno enquanto durar. E sorrio, apenas para mim, e isso significa tudo.
Boa segunda-feira :)

27
Ago21

34. friday inspiration

mar

Subscrevo algumas newsletters, uma delas é a do James Clear, de quem já falei aqui. Adoro o facto de todas as quintas-feiras receber um email do James que me faz pensar e quase sempre me inspira. O de ontem foi tão bom, que me apetece partilhar com vocês uma pequena parte:

Nadine Stair, an 85-year-old woman from Louisville, Kentucky, shares her answer when asked, "How would you have lived your life differently if you had a chance?"

"If I had my life to live over again, I’d dare to make more mistakes next time. I’d relax. I’d limber up. I’d be sillier than I’ve been this trip. I would take fewer things seriously. I would take more chances, I would eat more ice cream and less beans.

I would, perhaps, have more actual troubles but fewer imaginary ones. You see, I’m one of those people who was sensible and sane, hour after hour, day after day.

Oh, I’ve had my moments. If I had to do it over again, I’d have more of them. In fact, I’d try to have nothing else—just moments, one after another, instead of living so many years ahead of each day.

I’ve been one of those persons who never goes anywhere without a thermometer, a hot-water bottle, a raincoat, and a parachute. If I could do it again, I would travel lighter than I have.

If I had to live my life over, I would start barefoot earlier in the spring and stay that way later in the fall. I would go to more dances, I would ride more merry-go-rounds, I would pick more daisies."

Não sei explicar-vos, mas sinto-me sempre tão bem e motivada quando ouço/leio pessoas a falarem sobre a sua experiência de vida e as lições que dela retiraram. É algo que me delicia desde sempre, poderia passar horas e horas a ouvir pessoas a contarem-me sobre as suas vivências e memórias. A compreender o que vai dentro delas, como olham para o mundo, quais as suas perceções acerca da vida. 

Essa passagem do email de ontem tocou-me especialmente. Espero que vos inspire tanto como a mim para não termos medo de viver, de arriscar a ser felizes, de perseguirmos sempre o caminho que nos parece o mais acertado, de sermos nós próprios com tudo que isso implica. 

P.S - por curiosidade, se pretenderem subscrever à newsletter do James Clear, creio que basta irem ao site dele e fazerem lá o registo. Recomendo vivamente, além de os temas explorados serem super interessantes e úteis, o James escreve tão, mas tão bem! É impossível não ficar horas a ler os diversos textos por si publicados e ainda é mais difícil não ficar a pensar neles depois. 

20
Ago21

20. o sol que desponta tem que anoitecer

mar

E chegou o último dia de férias. Após duas semanas, chegou o fim, porque nada dura para sempre, como diz a música "a gente mal nasce e começa a morrer/ depois da chegada, vem sempre a partida". 

Chego ao fim das minhas férias com a sensação de que descansei e de que já estou longe do trabalho há muito tempo, o que significa que me consegui desligar por completo. Dormi, desliguei todos os despertadores, abusei do sofá, li, caminhei muito, ouvi muita música, estive com família e amigos, almocei cedo e tarde, aproveitei o sol, respirei ar puro, renovei as energias. Pelo meio ainda levei a segunda dose da vacina, tive direito a uma noite terrível, mas não há mal que para sempre dure e na manhã seguinte, já me senti eu novamente. 

Continuo sem vontade de regressar ao trabalho, mas já não sinto o cansaço e o aborrecimento que sentia aquando da ida de férias. O trabalho, esse, permanece um massacre, mas eu sinto-me novamente munida de forças e energia para me aguentar na batalha. 

Assim, para a semana, se tudo correr bem, lá regresso eu à velha rotina, às marmitas, ao despertador a tocar às 06h50, ao corre corre, à contagem decrescente pelas 18h e pelas sextas-feiras. E é este regresso ao movimento, à rotina quotidiana que torna as férias tão desejosas e apetecíveis. Por isso, foi muito bom parar para tornar a fazer-me ao caminho. 

02
Ago21

8. gratitude

mar

Que bela forma de começar a semana sabendo que o post sobre a condução foi destacado. Muito obrigada equipa Sapo, mas acima de tudo, obrigada a todos que comentaram o post, oferecendo os seus conselhos, partilhando as suas histórias e transmitindo a sua força. É bom sentir que, mesmo recente, estou numa comunidade de pessoas boas, que acrescentam e iluminam. O meu enorme obrigada e que a vossa semana comece tão bem como a minha :)

 

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