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just keep swimming

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23
Ago21

26. focus

mar

Em abril do ano passado, senti que estava na hora de fazer mudanças. Sentia-me pesada, inchada e muito sedentária. Ter um trabalho administrativo leva a que a maior parte do dia seja passado em frente ao computador, sentada. Fazia-me falta movimento.

Embora não tenha ficado em teletrabalho e, por isso, não conheça, por experiência própria, os efeitos de estar em casa todos os dias, creio que fui influenciada pela onda de pessoas que estavam a usar o tempo em casa para praticar desporto. Assim, a 2 de abril de 2020, iniciei o meu primeiro treino em casa.

Na altura, propus a mim mesma fazer o desafio de duas semanas da Chloe Ting, disponível no youtube. Fiz o primeiro treino e passei todos segundos dos 30 minutos a achar que me ia dar o fanico, mas no final, além de muito suada e dorida, senti-me muito bem comigo mesma. Embora não estivesse na melhor forma física, o que se ressentiu em alguns exercícios que foram praticamente impossíveis de fazer, senti-me orgulhosa por ter concluído o treino e motivada a continuar. Como a Chloe tinha um calendário praticamente definido para as duas semanas, bastou-me segui-lo com dedicação, o que não foi difícil porque a) eram apenas duas semanas e b) a maioria dos treinos não tinha uma duração maior do que 35/40 minutos. Além disso, a cada novo dia, notava mais diferenças na minha capacidade física, o que funcionou como grande ingrediente motivacional.

No final das duas semanas, com o desafio terminado, senti vontade de continuar e procurei outros desafios da Chloe. Assim, lá embarquei noutro desafio, este com mais tempo, mas com a mesma estrutura do que o anterior. Quase todos os dias, após chegar a casa do trabalho, vestia o fato de treino, comia qualquer coisa e ia para a sala, com o tapete, e dedicava-me ao exercício. As dificuldades inicias foram-se esbatendo e fui ganhando mais força e resistência, sendo capaz de adicionar exercícios mais difíceis e exigentes ao meu treino. Comecei a sentir-me mais leve, mais ativa e, acima de tudo, mais feliz. Afinal, estava a fazer algo positivo para o meu corpo, mas também para a minha mente. Enquanto treinava não pensava em mais nada, os problemas, quer fossem de trabalho ou outros, ficavam pendentes.

Entretanto, comecei a receber sugestões do Youtube da Pamela Reif, que, tal como a Chloe Ting, também partilha diversos vídeos de exercício. Confesso que inicialmente tive receio de experimentar os vídeos da Pamela, porque toda a gente se queixava de como eram exigentes e pensava que não seria capaz. No entanto, um dia decidi que não perdia nada em tentar e, após uma aula, fiquei fã! Os vídeos da Pamela são diferentes da Chloe não tanto nos exercícios, mas no ritmo e energia. A Pamela é mais dinâmica e os vídeos dela têm qualquer coisa, não sei se é a música ou a organização, que nos motivam. Claro que também ajuda ela ser linda de morrer e estamos a treinar e a idealizar que ficaremos com um corpo igual! Uma pessoa termina os treinos dela completamente arruinada, encharcada em suor, mas com a sensação de dever cumprido.

Assim, transitei dos programas da Chloe para os da Pamela, que organiza calendários semanais, de acordo com os objetivos que cada pessoa pretende atingir. Aliás, a Pamela desenvolveu uma app onde podem consultar todos os exercícios e planos, é por lá que me guio e oriento. Tem também receitas super saudáveis, mas este segmento admito que não consulto com muita frequência porque cozinhar é das coisas que mais abomino nesta vida.

Passado um ano e alguns meses, posso dizer-vos que continuo a treinar todas as semanas em casa. Resisti ao calor e às férias, chegando inclusive a levar o meu material de treino de férias e a treinar um bocadinho todos os dias. Treinar tornou-se parte da minha rotina, uma atividade que considero de autocuidado, um tempo que dedico a mim mesma e ao meu bem-estar. Tenho aprendido e desenvolvido muito mais do que a minha resistência física e é precisamente isso que gostaria de partilhar aqui.

É fácil arranjar motivos para adiar e começar o projeto de alcançar os nossos objetivos apenas “amanhã”. No entanto, se há coisa que aprendi é que a motivação, muitas vezes, não precede a ação, vem depois desta iniciar. O que nos motiva a iniciar nem sempre é o mesmo que nos motiva a continuar ou a evoluir; esperar pela motivação pode significar nunca deixar de estar à espera, por isso, é necessário por vezes darmos um empurrão e iniciarmos algo mesmo que a motivação para tal não seja a mais elevada. Por exemplo, depois de ultrapassada a inércia de iniciar um treino, dificilmente desistiremos dele a meio e no final, quando terminado, além da sensação de bem-estar por termos feito o treino alia-se a sensação de orgulho de termos vencido a preguiça.

A falta de tempo é, na verdade, falta de estabelecimento de prioridades. Quando não consideramos que algo é importante ou prioritário, certamente não teremos tempo para tal. Percebi que num dia que tem 24h, em que 9h são de trabalho e cerca de 7h são para dormir, existia uma grande janela horária onde podia retirar 40 minutos para exercício físico. Para tal, foi preciso apenas organizar-me: saber que mal chegasse a casa era importante comer alguma coisa e equipar-me de seguida, não perder tempo a fazer scroll no telemóvel e ir direta ao tapete. Nos dias de maior calor, optei por acordar mais cedo para treinar antes do trabalho e isso implicou deixar tudo preparado na noite anterior para ser apenas acordar e iniciar. Quando queremos, temos sempre tempo.

Aprendi que alguma coisa, por mais pequena que seja, é sempre mais e melhor do que nada. É melhor fazer uma caminhada de 15 minutos ou um treino curto de 10 minutos do que não fazer nada. Não só pela questão física, mas sobretudo pela componente emocional de não darmos abertura a desculpas e não nos desviarmos do foco. 

No entanto, também foi importante compreender que o corpo, além de precisar de ser exercitado, também precisa de descanso. Respeitar o nosso corpo é a regra de ouro e, como tal, os dias de descanso são tão importantes como os dias de treino.

De um modo geral, aquilo que começou por ser apenas um modo de me tornar mais ativa, trouxe-me muito mais do que resistência e força física. Vivi o processo de ver algo tornar-se num hábito. Porque treinar, seja em casa, seja uma caminhada, o que for, é algo que passou a fazer parte da minha rotina. Treino para me sentir bem comigo mesma, para que o meu corpo seja forte e saudável. Talvez quando comecei, o objetivo fosse ter determinado corpo ou estrutura, mas hoje posso assegurar-vos que o meu grande objetivo é apenas respeitar o meu corpo, nutri-lo e cuidar dele para que se mantenha saudável por muitos e longos anos. Por isso, é preciso rever se as nossas motivações não poderão ser, muitas vezes, os grandes obstáculos ao processo de mudança. Se queremos fazer algo por os motivos errados, a probabilidade de falhar é maior. 

Um livro que me ajudou muito a compreender os diversos mecanismos cognitivos e comportamentais que estão subjacentes ao processo de mudança foi o Atomic Habits, do James Clear. Aconselho vivamente a sua leitura seja para a criação de hábitos saudáveis como para a eliminação de hábitos desagradáveis. Há um conjunto de estratégias simples e acessíveis que fazem toda a diferença e facilitam.

Criar um hábito, seja este qual for, é um processo. Não começamos por ser incríveis e experts nas primeiras vezes que tentamos, mas cada vez que praticamos estamos mais perto de ser melhores e de nos ultrapassarmos. Quando fiz o meu primeiro treino, não consegui fazer metade dos exercícios propostos, mas senti-me tão feliz por simplesmente ter tentado, que me levou a repetir e treinar no dia seguinte. Ao fim de um mês, repeti o primeiro treino que tinha feito e fui capaz de fazer tudo. A motivação para continuar foi a constatação de que com empenho e dedicação tudo é possível. Basta não desistir, sobretudo nos dias em que não apetece. É preciso tornar inaudível a vozinha que nos tenta afastar do nosso objetivo e passar à ação. Porque no final, a sensação é sempre a de que valeu a pena. 

23
Ago21

25. assertividade

mar

Se há coisa que me irrita é a falta de tato, de sensibilidade. Incomoda-me o facto de as pessoas dizerem o que bem lhes apetece sem pensarem, primeiro, no modo como a sua mensagem vai ser recebida pelo outro. Sem terem o cuidado de prever se o modo ou o conteúdo não poderão ser mal interpretados, difíceis de digerir e até se valem ou não a pena.

Facilmente se cai no erro de achar que ser sincero ou honesto é uma virtude sem limites, confundindo-se muitas vezes sinceridade com brutalidade. Creio que se pode dizer tudo, mas é preciso saber como o fazer e, quando não se sabe, é preferível estudar primeiro a estratégia do que avançar sem rodeios.

Lembro-me de duas situações destas que aconteceram comigo. Uma delas foi um comentário simplesmente desnecessário, que não me afetou pelo seu conteúdo, mas que me fez pensar que a pessoa perdeu uma excelente oportunidade para ficar calada. Ter a necessidade de elogiar alguém comparando com outra pessoa, reduzindo essa em detrimento da outra, é, no mínimo, desnecessário e ridículo. Porque não elogiar alguém simplesmente pelas suas características? Por si? Sem ter de a comparar com outra? Creio que ambas ficam agradecidas.

Outra situação, essa sim, magoou-me pela falta de sensibilidade demonstrada. Uma conversa que mais se assemelhou a um monólogo (uma vez que a oportunidade de dialogar se tornou insustentável), onde a carta da honestidade prevaleceu como “vale tudo”. Mas não vale tudo. Fiquei magoada não pelo conteúdo, mas pelo modo como aquela pessoa teve a capacidade de me expor, de me fragilizar e tornar vulnerável pela forma como optou por introduzir e desenvolver o assunto. Só conseguia pensar, enquanto a ouvia, que só queria abrir um buraco no chão para me esconder. Haveria necessidade disso? Estou convicta que não, bastava a pessoa ter adotado uma outra abordagem e a conversa já seria totalmente diferente.

E isto acontece todos os dias, sobretudo se pensarmos nas redes sociais, que se tornaram um palco, um microfone para toda a gente impor as suas opiniões a qualquer custo, mesmo que isso signifique o bem-estar emocional de outra pessoa. Vivemos na era do vale tudo e isso é tremendamente assustador. 

Pessoalmente, quando não tenho nada de positivo para dizer, remeto-me ao silêncio. Se acredito que posso transmitir a minha mensagem sem ferir ou magoar, faço-o e procuro assegurar que fui bem interpretada. Tenho o cuidado de estudar muito bem como vou dizer determinada coisa, como vou contextualizar, como vou abordar o assunto. Se estou a navegar pela internet e me deparo com alguma coisa que não gosto, sigo o meu caminho, não perco tempo a destilar o meu desagrado. É tempo e energia que se perdem em vão. O mesmo acontece na vida real e física. Não invisto tempo em pessoas ou situação que não o merecem. 

Nos últimos tempos tenho refletido bastante acerca deste tema, porque tenho sentido vontade de responder a alguns comentários que ouço e não de forma tão simpática. E acho que neste tópico reside uma aprendizagem importante que está à espera que eu a adquira. É preciso ser-se assertivo na comunicação, seja como emissor como recetor. Muitas vezes não o ouço, fico-me pela passividade e ao fazê-lo, permito que o outro pense que pode dizer tudo que quiser, como bem entender. Se não estabelecemos os limites entre o aceitável e inaceitável, as pessoas consideram que tudo é válido, quando não o é. É aqui que preciso de investir a minha atenção, porque de certo modo, estou a contribuir para uma situação que não me agrada.

Nem sempre é fácil ser assertiva quando o faço em prol de mim mesma. Sei que não faz sentido, mas entre defender alguém e defender-me a mim mesma, a primeira opção é sempre a mais fácil, aquela que faço num abrir e piscar de olhos. Quando se trata de mim, tenho muita dificuldade em impor-me, em traçar as fronteiras e defender os meus interesses. Noto isto em pequenas coisas como, por exemplo, fazer um pedido de férias. É um direito que tenho, enquanto trabalhadora, mas sempre que peço um dia, sinto-me a morrer por dentro como se estivesse a pedir um favor à empresa. E com a necessidade de justificar, muitas vezes. Se alguém me responde mal, por exemplo, procuro amenizar a situação, em vez de dizer diretamente à pessoa que não são modos de falar com alguém. O meu quotidiano está cheio de exemplos onde me falta afirmação pessoal e a capacidade de me defender. Por um lado, sei que muita da minha passividade advém de não gostar de conflitos e estar sempre sintonizada na opção que assegura a maior tranquilidade possível. Não me importo de engolir um ou outro sapo se isso significar que as coisas se resolvem e todos ficam bem. Mas esta passividade também tem raízes mais profundas, assentes em crenças como "será que tenho o direito de me impor?", "será que tenho o direito de me chatear?", "será que não sou eu que estou a exagerar?". Existe sempre uma vozinha dentro de mim que me diz que não, que não tenho esse direito, que me inferioriza em comparação aos outros. Como se eu fosse menos e, como tal, não tenho o mesmo direito que os outros têm de expressar a sua insatisfação. 

E eu sei que nada disto é lógico, nada disto faz sentido e nada disto é real. Que é necessário contrariar este padrão que, de alguma forma, se formou e repete sempre nas interações sociais. É uma aprendizagem, é um processo, o que significa que não será do dia para a noite, não será rápido nem indolor. Mas em pequenos passos, consistentes, é preciso ir praticando e afirmar o meu valor. Fico orgulhosa quando sou capaz de me defender, com educação, com assertividade. Sinto uma descarga de adrenalina, não vou mentir, é algo estranho e que me deixa acelerada, mas no final, sinto sempre que vale a pena. E só lamento que as pessoas não façam este exercício de reflexão, pensando de que modo poderão estar a contribuir para situações da sua vida das quais não gostam. Porque há sempre uma quota parte que é da nossa responsabilidade, que podemos fazer de forma diferente e só assim poderão surgir resultados também diferentes. 

É a velha e sábia ideia de que só podemos mudar e controlar aquilo que pensamos, dizemos e fazemos. Tudo o resto é externo à nossa vontade e poder. Mas dentro de nós, aí sim, reside toda a nossa liberdade e potencial. 

30
Jul21

5. Drivers licence

mar

It is impossible to get better and look good at the same time. Give yourself permission to be a beginner. By being willing to be a bad artist, you have a chance to be an artist, and perhaps, over time, a very good one. - Julia Cameron

 

Quando tirei a carta de condução, todos os meus amigos já conduziam há 2/3 anos. Enquanto eu ainda aprendia o que era o ponto de embraiagem ou aprendia a "ouvir o motor" e perceber que mudança deveria engatar, os meus amigos já conduziam praticamente de olhos fechados, muitos deles no seu próprio carro, sem qualquer dificuldade. Senti-me, desde aí, em desvantagem em relação a eles e com vergonha de mostrar as minhas skills de condutora que não eram excelentes e, ao lado das deles, pareciam ainda piores. Assim, quando passei no exame de condução (e foi à primeira!), tentei sempre não conduzir. Não suportava aquele estatuto de amadora, aprendiz, novata, maçarica, como queiram chamar, e evitava a todo o custo conduzir. Como estudava numa outra cidade e não tinha carro próprio, foi fácil evitar a condução durante bastante tempo. Não precisava de conduzir para me deslocar a nenhum lado, as minhas deslocações diárias eram facilmente percorridas a pé ou através de transportes públicos. Na minha cidade natal, onde apenas vinha aos fins de semana, o tempo passava tão rápido, que existia sempre a desculpa perfeita para não pegar no carro dos meus pais. 

Embora nunca me tenha sentido feliz com esta atitude (ou falta dela), é sempre mais fácil mantermo-nos na zona de conforto do que nos desafiarmos e, como tal, deixei-me andar e estar. Até que terminei os estudos, regressei à minha cidade e comecei a trabalhar. Como não tinha carro nem possibilidades para, num curto prazo, comprar um, mais uma vez, tornei a evitar conduzir. Primeiro, arranjei boleia com os meus pais; depois, com colegas de trabalho e, por fim, com o meu namorado que trabalha numa outra empresa, mas perto de mim. Continuei dependente de outros, a sentir-me cada vez pior comigo própria, por sentir que não ter carro não era o verdadeiro motivo que me levava a não conduzir, mas sim o medo de errar, de falhar, de mostrar ao mundo que não sou uma condutora nada incrível. 

Este medo espelha alguns traços da minha pessoa como o medo de perder o controlo, de falhar, de deixar que os outros percebam que, afinal, não faço tudo bem. Não me considero, nem nunca considerei, uma pessoa perfecionista, mas não tenho dúvidas de que sou uma pessoa que tem um medo enorme de se confrontar com o fracasso. E a condução sempre significou isso para mim: fracasso. Não um fracasso racional, porque não chumbei no exame, não tive dificuldades enormes a aprender a conduzir nem nunca tive nenhum acidente ou peripécia maior. Mas um fracasso que é apenas e unicamente percecionado por mim e que deriva da minha falta de confiança em mim mesma. Não confio nas minhas capacidades e não confiar é quase tão ou mais grave do que não ter capacidades de todo. 

O mais inacreditável é que gosto de conduzir. Gosto da sensação de liberdade e, acima de tudo, gosto da sensação de adrenalina e coragem que sinto sempre que pego no carro. Sim, eu sei, para os condutores diários, pegar no carro é tão automático como tomar banho ou lavar os dentes, mas para mim, que estou a anos luz de conduzir como um expert, conduzir é todo um ato consciente e de alerta máximo. São muitos estímulos, a atenção é redobrada e canso-me com mais facilidade por isso mesmo. Sempre que me sento no lugar do condutor e ponho o carro a trabalhar, sinto que estou a enfrentar um desafio e, como tal, surge a adrenalina, o receio, o nervosismo, mas também a coragem e resiliência. 

Mais do que querer conduzir autonomamente e sozinha, eu quero, acima de tudo, permitir-me falhar. Quero trabalhar esta relação tóxica que tenho comigo mesma, na qual me cobro demasiado, exijo de mim aquilo que jamais exigiria de outro alguém. Quero ser uma boa condutora, mas para o ser sei que preciso de ser paciente comigo mesma, tenho de ser compassiva e estar recetiva a falhar. E compreender que para se ser bom é quase imperativo e obrigatório ser-se mau. O nível de expert advém da experiência que, por sua vez, advém de muita prática. Uma prática consistente, que não se limita aos dias bons e a quando apetece, mas que se expande a todos os dias, mesmo que seja só um bocadinho.

Porque eu quero ter o meu carro, quero ter a minha total e completa liberdade e independência, de não precisar de ninguém para ir onde quiser, quando quiser. Quero sentir que sou capaz, que consigo conquistar os meus medos e que consigo fazer do fracasso uma oportunidade de crescer e me tornar melhor. Quero tratar-me com a mesma tolerância, compreensão e cuidado como trataria a minha família e amigos. Quero respeitar o meu tempo, respeitar-me a mim mesma e perceber que o mundo não acaba por o carro ir abaixo ou por não estacionar bem à primeira. Não faz mal recomeçar e tentar as vezes que forem necessárias. 

Este é um dos meus objetivos para este ano e espero, genuinamente, conseguir alcançá-lo. Creio que já perdi demasiado tempo, que poderia ter utilizado em inúmeras viagens. Todo o tempo que perdi a fugir, a evitar, a esconder-me foi tempo que poderia ter canalizado para treinar, praticar e ganhar a tão desejada experiência. 

 

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